Podemos solicitar a Deus benefícios terrenos, e Ele pode nos atender, quando tenham uma finalidade útil e séria. Mas, como julgamos a utilidade das coisas segundo a nossa visão imediatista, limitada ao presente, geralmente não vemos o lado mau daquilo que desejamos. Deus, que vê o melhor que nós, e só deseja o nosso bem, pode então nos recusar o que pedimos, como um pai recusa ao filho aquilo que pode prejudicá-lo. Se aquilo que pedimos não nos é concebido, não devemos nos abater por isso. É necessário pensar, pelo contrário, que a privação nesse caso nos é imposta como prova ou expiação, e que nossa recompensa será proporcional à resignação com que a suportamos.
"Deus Todo-Poderoso, Que vedes as nossas misérias, Dignai-Vos ouvir favoravelmente O pedido que Vos faço neste momento aos vossos olhos, Que os Bons Espíritos, executores de Vossos desígnios, Venham ajudar-me na sua realização. Como quer que seja, meu Deus, seja feita a Vossa vontade. Se os meus desejos não forem atendidos, É que desejais experimentar-me, e submeto-me sem murmurar. Fazei com que eu não me desanime de maneira alguma, E que nem a minha fé, nem a minha resignação sejam abaladas. (Formular o pedido)."
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